quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Metodologia da aula

INTRODUÇÃO
A educação no Brasil vive uma época de grandes desafios e inovações. A escola reflete essa situação. A fragmentação do conhecimento em disciplinas, o volume de informações dos currículos distanciam a experiência e o pensamento crítico das práticas escolares e finalmente a questão “tempo”: didático com aulas fragmentadas, para pesquisa e para formação continuada do professor e ainda o tempo para compreender e vivenciar uma informação, pois ela é rapidamente substituída por outra. No ensino de Ciências, estas questões podem ser percebidas pela dificuldade do aluno em relacionar a teoria desenvolvida em sala com a realidade a sua volta, não reconhece o conhecimento científico em situações do seu cotidiano. Aliado a estas questões tem-se o grande desafio de tornar o ensino de Ciências prazeroso, instigante, mais interativo, dialógico e baseado em atividades capazes de persuadir os alunos a admitirem as explicações científicas para além dos discursos autoritários, prescritivos e dogmáticos. (Tosin e Wilsek, ?)
Hoje, questões científicas e tecnológicas incrivelmente complexas desafiam nossa sociedade. A qualidade de vida é, e continuará sendo, afetada por essas questões. No entanto, o ensino científico, que tem sido oferecido em nossas escolas, mostra-se inadequado para que as pessoas saibam lidar com essas questões (Evangelista e Zimmermann, 2007; CASTRO, 2002; PISA, 2001).
Esse ensino não tem sido nem mesmo adequado para motivar os alunos a se interessarem por ciências e as consequências têm sido desastrosas. Os alunos saem da escola com um conhecimento trivial, com fracas conexões entre os conceitos mais importantes, com concepções não científicas de como o mundo natural funciona, saem acríticos e sem capacidade de aplicar o conhecimento em novos contextos (Evangelista e Zimmermann, 2007; PISA, 2001).
É fato que no ensino de Ciências há a necessidade de um pluralismo metodológico que considere a diversidade de recursos pedagógico-tecnológicos disponíveis e a amplitude de conhecimentos científicos a serem abordados na escola. É inegável a contribuição dos trabalhos de pesquisa sobre o ensino de ciências mostrando que os estudantes aprendem melhor quando participam ativamente das atividades de ensino. Para que isso ocorra é necessário uma (re) elaboração dos processos de ensino-aprendizagem que vai desde uma mudança dos papéis: de professor (transmissor) e o aluno (receptor), até a utilização de novas metodologias que possibilitem o aluno a construir seu próprio conhecimento tendo o professor como mediador do processo. (Tosin e Wilsek, ?).
Isso demonstra a necessidade de se buscar novas formas de ensinar ciências. Os professores de ciências devem, portanto, adotar novas formas de ensinar que vão ao encontro das novas demandas desse ensino (Evangelista e Zimmermann, 2007; YAGER, 1991).
Essa proposta de ensino deve ser tal que leve os alunos a construir seu conteúdo conceitual participando do processo de construção e dando oportunidade de aprenderem a argumentar e exercitar a razão, em vez de fornecer-lhes respostas definitivas ou impor-lhes seus próprios pontos de vista transmitindo uma visão fechada das ciências” (Tosin e Wilsek?; Carvalho, 2004).
Encontra-se em (Tosin e Wilsek ?; Schnetzler, 1995), o professor precisa saber identificar as concepções prévias de seus alunos sobre o fenômeno ou conceito em estudo. Em função dessas concepções, precisa planejar desenvolver e avaliar atividades e procedimentos de ensino que venham promover a evolução conceitual nos alunos em direção às ideias cientificamente aceita. Enfim, ele deve atuar como professor-pesquisador.
Para (Tosin e Wilsek, ?; MOURA, 2002, p. 160) No ensino da Física, quando se utiliza a investigação científica, a aprendizagem dos conteúdos concretiza-se através de atividades de ensino que nascem de uma necessidade de aprender desencadeada por situações-problema que possibilitem os sujeitos agirem como solucionadores de problemas: definindo ações, escolhendo os dados e fazendo uso de ferramentas que sejam adequadas para a solução da situação posta. Dessa maneira, formar e informar podem ser vistos como parte de um mesmo processo em que os conteúdos e o modo de lidar com eles são integrados nas ações dos sujeitos. Estes, ao agirem, modificam e se modificam, ensinam e aprendem.
As discussões acima mostra-nos a necessidade da inclusão de outras formas de ministrar as aulas, possibilitando maior diversidade de práticas educativas. Essa é uma das funções da escola e dos professores, fazer com que o aluno pense.
O objetivo deste trabalho é ministrar uma aula de Física sobre o tema Transferência de Calor para os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, introduzir informações de forma clara, direta e concisa permitindo ao aluno uma melhor compreensão do tema. A aula será divida em três etapas: interativa, conceitual e experimental.
Dessa forma, desenvolveremos a percepção do saber através do próprio conceito que cada aluno traz a respeito do tema e aprimorar o conhecimento através das experiências ministradas em sala, assim, concederemos uma aprendizagem mais qualificada.

METODOLOGIA
A metodologia consiste em conduzir o aluno a identificar os conhecimentos necessários e buscá-los por sua própria iniciativa. O grau de profundidade dos estudos e os temas abrangidos serão indicados (mas não delimitados) por questões a serem respondidas acerca de cada tema. É necessário que os modelos trazidos pelos alunos se mostrem insuficientes para explicar um dado fenômeno, para que eles sintam necessidade de buscar informações e reconstruí-los ou ampliá-los. Em outras palavras, é preciso que os conteúdos a serem trabalhados se apresentem como um problema a ser resolvido (Tosin e Wilsek, ?; Brasil, 1997a:117).
Nada na Física tem um fim em si mesmo. Por isso, todos os tópicos devem ser integrados no sentido de levar os alunos a uma viagem pelo conhecimento. Dificilmente, encontramos alguém que nunca tenha pensado em questões metafí-sicas, como: “O que é o Universo, qual sua origem?”; “Como a vida surgiu?”; “Será que a vida existe apenas na Terra?”; “A Terra desaparecerá? Haverá o fim do mundo?”; “A vida vai acabar?”. (Brasil, 2009)
A paixão pelo conhecimento e o prazer de ter contato com ele impulsionaram a Ciência no passado. Na Grécia antiga, para citar um exemplo, a Ciência se baseava em uma contemplação da natureza, levando os cientistas da época a se dedicarem ao seu estudo, movidos por paixão pelo conhecimento e investindo longo tempo na busca de explicações racionais para os fenômenos naturais.O tema da aula será Transferência de Calor e será ministrada para os alunos do 8 ano do Ensino Fundamental. (Brasil, 2009)
A Física sozinha não responde completamente essas questões. A Ciência como um todo também ainda não tem respostas conclusivas, mas as busca incessantemente. Os cientistas que trabalham com a Física carregam consigo essas perguntas, com certeza. Trazê-las para a sala de aula, além de possivelmente incentivar o interesse dos alunos, mostra que aprender Física é uma forma de buscar compreender nossas origens e tudo o que nos cerca. As teorias que os físicos constroem para explicar os fenômenos naturais são sempre elaboradas criticamente: os modelos teóricos são compartilhados pela comunidade, sofrem críticas, refinamentos, enfim, não há espaço para dogmas. Essa consciência crítica também deve ser incentivada nos alunos, por exemplo, na solução de situações-problema. (Brasil, 2009)
Os Parâmetros Curriculares Nacionais destacam os conceitos de competências e habilidades que, pensadas em relação ao ensino de Física, devem permitir a percepção e o tratamento dos fenômenos naturais e tecnológicos, presentes tanto no cotidiano mais imediato quanto na compreensão do universo distante, a partir de princípios, leis e modelos construídos pela Física. (Brasil, 2009)
A metodologia dessa aula foi organizada nas seguintes etapas: interativa, conceitual e experimental.
Primeiramente, utilizaremos a forma expositiva oral dialogada, motivá-los a falar sobre o que sabem do tema abordado "Transferência de calor", em seguida apresentaremos as definições dos conceitos de transferência de calor por convencção, condução e radiação, depois apresentaremos experimentos referente a eles, sendo 2 experimentos apresentados em vídeos e um deles realizados na sala de aula.
A primeira etapa destina-se a Interatividade, apresentação do conteúdo através da exposição das ideias de cada aluno, assim cada um poderá testar os próprios conhecimentos. Segundo (Freire, 1992, p.81) Ensinar não é a simples transmissão do conhecimento em torno do objeto ou do conteúdo. Transmissão que se faz muito mais através da pura descrição do conceito do objeto a ser mecanicamente memorizado pelos alunos.
Já a segunda etapa trata-se da definição do tema, apresentação do conteúdo teórico, através de slides permitindo, assim, melhor aprendizado pelos alunos. E para finalizar, a terceira etapa será experimental possibilitando o aluno solidificar o conhecimento teórico ao prático.
“As experiências de física nos diversos meios de comunicação (revistas, “sites”, livros, etc.)                         servem para lembrar o tipo de ciência que é a física, uma ciência experimental. São vários                         mecanismos que o professor pode possibilitar utilizar para favorecer a compreensão dos                         conteúdos abordados, sendo a atividade experimental um deles.” (Freire, 2005)


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