INTRODUÇÃO
A
educação no Brasil vive uma época de grandes desafios e inovações. A escola
reflete essa situação. A fragmentação do conhecimento em disciplinas, o volume
de informações dos currículos distanciam a experiência e o pensamento crítico
das práticas escolares e finalmente a questão “tempo”: didático com aulas
fragmentadas, para pesquisa e para formação continuada do professor e ainda o
tempo para compreender e vivenciar uma informação, pois ela é rapidamente
substituída por outra. No ensino de Ciências, estas questões podem ser
percebidas pela dificuldade do aluno em relacionar a teoria desenvolvida em
sala com a realidade a sua volta, não reconhece o conhecimento científico em
situações do seu cotidiano. Aliado a estas questões tem-se o grande desafio de
tornar o ensino de Ciências prazeroso, instigante, mais interativo, dialógico e
baseado em atividades capazes de persuadir os alunos a admitirem as explicações
científicas para além dos discursos autoritários, prescritivos e dogmáticos. (Tosin
e Wilsek, ?)
Hoje,
questões científicas e tecnológicas incrivelmente complexas desafiam nossa
sociedade. A qualidade de vida é, e continuará sendo, afetada por essas
questões. No entanto, o ensino científico, que tem sido oferecido em nossas
escolas, mostra-se inadequado para que as pessoas saibam lidar com essas questões
(Evangelista e Zimmermann, 2007; CASTRO, 2002; PISA, 2001).
Esse
ensino não tem sido nem mesmo adequado para motivar os alunos a se interessarem
por ciências e as consequências têm sido desastrosas. Os alunos saem da escola
com um conhecimento trivial, com fracas conexões entre os conceitos mais
importantes, com concepções não científicas de como o mundo natural funciona,
saem acríticos e sem capacidade de aplicar o conhecimento em novos contextos
(Evangelista e Zimmermann, 2007; PISA, 2001).
É
fato que no ensino de Ciências há a necessidade de um pluralismo metodológico
que considere a diversidade de recursos pedagógico-tecnológicos disponíveis e a
amplitude de conhecimentos científicos a serem abordados na escola. É inegável
a contribuição dos trabalhos de pesquisa sobre o ensino de ciências mostrando
que os estudantes aprendem melhor quando participam ativamente das atividades
de ensino. Para que isso ocorra é necessário uma (re) elaboração dos processos
de ensino-aprendizagem que vai desde uma mudança dos papéis: de professor
(transmissor) e o aluno (receptor), até a utilização de novas metodologias que
possibilitem o aluno a construir seu próprio conhecimento tendo o professor
como mediador do processo. (Tosin e Wilsek, ?).
Isso
demonstra a necessidade de se buscar novas formas de ensinar ciências. Os
professores de ciências devem, portanto, adotar novas formas de ensinar que vão
ao encontro das novas demandas desse ensino (Evangelista e Zimmermann, 2007;
YAGER, 1991).
Essa proposta de ensino deve
ser tal que leve os alunos a construir seu conteúdo conceitual participando do
processo de construção e dando oportunidade de aprenderem a argumentar e
exercitar a razão, em vez de fornecer-lhes respostas definitivas ou impor-lhes
seus próprios pontos de vista transmitindo uma visão fechada das ciências”
(Tosin e Wilsek?; Carvalho, 2004).
Encontra-se
em (Tosin e Wilsek ?; Schnetzler, 1995), o professor precisa saber identificar
as concepções prévias de seus alunos sobre o fenômeno ou conceito em estudo. Em
função dessas concepções, precisa planejar desenvolver e avaliar atividades e
procedimentos de ensino que venham promover a evolução conceitual nos alunos em
direção às ideias cientificamente aceita. Enfim, ele deve atuar como professor-pesquisador.
Para
(Tosin e Wilsek, ?; MOURA, 2002, p. 160) No ensino da Física, quando se utiliza
a investigação científica, a aprendizagem dos conteúdos concretiza-se através
de atividades de ensino que nascem de uma necessidade de aprender desencadeada
por situações-problema que possibilitem os sujeitos agirem como solucionadores
de problemas: definindo ações, escolhendo os dados e fazendo uso de ferramentas
que sejam adequadas para a solução da situação posta. Dessa maneira, formar e
informar podem ser vistos como parte de um mesmo processo em que os conteúdos e
o modo de lidar com eles são integrados nas ações dos sujeitos. Estes, ao
agirem, modificam e se modificam, ensinam e aprendem.
As
discussões acima mostra-nos a necessidade da inclusão de outras formas de
ministrar as aulas, possibilitando maior diversidade de práticas educativas. Essa
é uma das funções da escola e dos professores, fazer com que o aluno pense.
O
objetivo deste trabalho é ministrar uma aula de Física sobre o tema
Transferência de Calor para os alunos do 8º ano do Ensino Fundamental,
introduzir informações de forma clara, direta e concisa permitindo ao aluno uma
melhor compreensão do tema. A aula será divida em três etapas: interativa,
conceitual e experimental.
Dessa
forma, desenvolveremos a percepção do saber através do próprio conceito que
cada aluno traz a respeito do tema e aprimorar o conhecimento através das experiências
ministradas em sala, assim, concederemos uma aprendizagem mais qualificada.
METODOLOGIA
A
metodologia consiste em conduzir o aluno a identificar os conhecimentos
necessários e buscá-los por sua própria iniciativa. O grau de profundidade dos
estudos e os temas abrangidos serão indicados (mas não delimitados) por
questões a serem respondidas acerca de cada tema. É necessário que os modelos
trazidos pelos alunos se mostrem insuficientes para explicar um dado fenômeno,
para que eles sintam necessidade de buscar informações e reconstruí-los ou
ampliá-los. Em outras palavras, é preciso que os conteúdos a serem trabalhados
se apresentem como um problema a ser resolvido (Tosin e Wilsek, ?; Brasil,
1997a:117).
Nada
na Física tem um fim em si mesmo. Por isso, todos os tópicos devem ser
integrados no sentido de levar os alunos a uma viagem pelo conhecimento.
Dificilmente, encontramos alguém que nunca tenha pensado em questões
metafí-sicas, como: “O que é o Universo, qual sua origem?”; “Como a vida
surgiu?”; “Será que a vida existe apenas na Terra?”; “A Terra desaparecerá?
Haverá o fim do mundo?”; “A vida vai acabar?”. (Brasil, 2009)
A
paixão pelo conhecimento e o prazer de ter contato com ele impulsionaram a
Ciência no passado. Na Grécia antiga, para citar um exemplo, a Ciência se
baseava em uma contemplação da natureza, levando os cientistas da época a se dedicarem
ao seu estudo, movidos por paixão pelo conhecimento e investindo longo tempo na
busca de explicações racionais para os fenômenos naturais.O tema da aula será Transferência
de Calor e será ministrada para os alunos do 8 ano do Ensino Fundamental. (Brasil,
2009)
A
Física sozinha não responde completamente essas questões. A Ciência como um
todo também ainda não tem respostas conclusivas, mas as busca incessantemente.
Os cientistas que trabalham com a Física carregam consigo essas perguntas, com certeza.
Trazê-las para a sala de aula, além de possivelmente incentivar o interesse dos
alunos, mostra que aprender Física é uma forma de buscar compreender nossas
origens e tudo o que nos cerca. As teorias que os físicos constroem para
explicar os fenômenos naturais são sempre elaboradas criticamente: os modelos
teóricos são compartilhados pela comunidade, sofrem críticas, refinamentos,
enfim, não há espaço para dogmas. Essa consciência crítica também deve ser
incentivada nos alunos, por exemplo, na solução de situações-problema. (Brasil,
2009)
Os
Parâmetros Curriculares Nacionais destacam os conceitos de competências e
habilidades que, pensadas em relação ao ensino de Física, devem permitir a
percepção e o tratamento dos fenômenos naturais e tecnológicos, presentes tanto
no cotidiano mais imediato quanto na compreensão do universo distante, a partir
de princípios, leis e modelos construídos pela Física. (Brasil, 2009)
A
metodologia dessa aula foi organizada nas seguintes etapas: interativa,
conceitual e experimental.
Primeiramente,
utilizaremos a forma expositiva oral dialogada, motivá-los a falar sobre o que
sabem do tema abordado "Transferência de calor", em seguida
apresentaremos as definições dos conceitos de transferência de calor por
convencção, condução e radiação, depois apresentaremos experimentos referente a
eles, sendo 2 experimentos apresentados em vídeos e um deles realizados na sala
de aula.
A
primeira etapa destina-se a Interatividade, apresentação do conteúdo através da
exposição das ideias de cada aluno, assim cada um poderá testar os próprios
conhecimentos. Segundo (Freire, 1992, p.81) Ensinar não é a simples transmissão
do conhecimento em torno do objeto ou do conteúdo. Transmissão que se faz muito
mais através da pura descrição do conceito do objeto a ser mecanicamente
memorizado pelos alunos.
Já
a segunda etapa trata-se da definição do tema, apresentação do conteúdo
teórico, através de slides permitindo, assim, melhor aprendizado pelos alunos. E
para finalizar, a terceira etapa será experimental possibilitando o aluno
solidificar o conhecimento teórico ao prático.
“As
experiências de física nos diversos meios de comunicação (revistas, “sites”,
livros, etc.) servem para lembrar o
tipo de ciência que é a física, uma ciência experimental. São vários mecanismos que o
professor pode possibilitar utilizar para favorecer a compreensão dos conteúdos abordados,
sendo a atividade experimental um deles.” (Freire, 2005)
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